"Alguém certa vez disse que as histórias só ocorrem com aqueles que são capazes de contá-las.
Do mesmo modo, quem sabe, as experiências se apresentam àqueles que são capazes de vivê-las.”

(João Ubaldo Ribeiro)

Motivos para dançar!

- expressar personalidade e anseios através do corpo - conhecer-se!
- desenvolver a criatividade por meio dos movimentos lúdicos - brincar!
- despertar a sensibilidade e a afetividade - amar o próximo!
- elevar a auto-estima e a autoconfiança - amar a si mesmo!
- aumentar a capacidade cardiovascular com exercícios moderados, sem grandes impactos ou esforços - tonificar!
- auxiliar a adoção de uma postura correta - ser elegante!

- aperfeiçoar a memória durante a execução dos passos - concentrar-se!
- sincronizar pensamentos, passos e ritmos - sintonizar-se!
- afastar as preocupações do dia-a-dia - descontrair!
- colaborar com o tratamento de crises de ansiedade e depressão - curar-se!
- exercitar a tolerância e a diplomacia na interação com as pessoas - fazer amigos!

Dance - com ou sem motivos!


Amanda Reis - jornalista

julho/2012
* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora

Quadrilha é dança de salão, sim, sinhô!!!!!


Sempre que me perguntam "mas, o que é dança de salão?", gosto de exemplificar com a quadrilha. Costumo repetir que a dança de salão é uma dança de par, sendo um cavalheiro e uma dama; e, acima de tudo, uma dança social, ou seja, todos podem participam, como acontece na quadrilha. 

O exemplo facilita a compreensão porque muitos jamais arriscaram um bolero ou sabem o que é o fox-trot ou a milonga, mas quase todos já entraram na dança da quadrilha durante as brincadeiras das festas juninas. 

Assim, a quadrilha não só é uma dança de salão como contribui muito para difundi-la, afinal, pouca gente se recusa a brincar, quase ninguém sente-se tímido e o clima festeiro envolve público de todas as idades, numa grande roda - olha aí outra forte característica da dança de salão: ser um espaço para todas as idades.

Pois bem...nossos agradecimentos à quadrilha, por levar bebês e vovôs para os salões, ainda que seja uma brincadeira sazonal. A alegria da dança pode não ter hora para acabar!


SAIBA MAIS SOBRE A QUADRILHA:

Histórico
Originada das danças rurais da Inglaterra entre os séculos XIII e XIV, a chamada "country dance" foi difundida na Europa depois da transferência cultural da Inglaterra com a França durante a Guerra dos Cem Anos.
Nos salões dos palácios franceses, passou a ser chamada "contredance" pela nobreza, e ganhou adeptos em toda a Europa a partir do século XVIII, quando finalmente ficou conhecida como "quadrille" (por ser dançada por dois pares).
Por volta de 1820 - lembrando que a família real portuguesa aqui chegou em 1808 - a quadrilha chega ao Brasil por meio da elite imperial, que adota a dança para abrir os bailes da corte.
Do formalismo aristocrático dos salões para os requebros da plebe. O ritmo das quadrilhas caiu logo no gosto popular e atingiu todo o Brasil, ganhando novas evoluções e instrumentos musicais (entre outros: sanfona, triângulo e zabumba), passando a ser praticado nas festas juninas.
As marcações originais da dança, em francês, foram aportuguesadas para o que chamaram “matutês”, dada a influência do linguajar matuto, que transformou "en avant tout" em "anavantu" e "en arrière" em "anarriê", entre muitos outros.
A dança original não contava com alegorias como “Olha a chuva! É mentira!”, nem com os personagens do casamento, atualmente associados à quadrilha.


Amanda Reis - jornalista
junho/2012
* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora

A dança da acessibilidade


O acesso ao sonho; a sensibilidade que gera força; o caminho possível; o corpo vivo. A dança, em sua infinita variedade, provoca e aconchega, juntas, na pausa entre o risco à frente e o prazer
Estamos falando daqueles que não podem sentir todas as possibilidades de movimentação do corpo, ou fazer uso de todos os sentidos, mas que podem explorar tantos outros caminhos - muitos dos quais, aliás, nós nunca seremos capazes de conhecer.
A dança de salão permite que dois corpos somem numa mesma peça - móvel e ritmada. E, se o contato corporal gera segurança, aconchego e parceria, as chamadas pessoas com deficiência são as que mais propriedade possuem para desvendar uma lista de sensações extensa - e rica.
Não precisamos falar das demonstrações de habilidade presenciadas por aí e chamadas de 'superação' com grande entusiasmo pelos que narram o que apenas enxergam e pouco entendem, já que dançar é natural do homem, não importa como. Porém, se é inevitável buscar referências de impacto, citamos o que para os leigos já deve ter sido lembrado: a famosa cena do tango de Al Pacino no filme Perfume de Mulher (veja aqui), que garantiu o primeiro Oscar de sua carreira ao interpretar um cego.
Mas, não é preciso emocionar-se com cenas de cinema ou apresentações pontuais vistas na televisão. Experimente dançar com uma criança que está aprendendo a dar seus primeiros passos. Ou com um idoso que já usa pouco seus pés. 
A experiência está aberta a todos! 
Eis um grande motivo pelo qual sou apaixonada pela dança a dois: ajuda mútua, conhecimento do outro, de suas limitações e facilidades, equilíbrio adquirido somente quando dois conseguem ceder e se dispor, a mágica que só acontece quando a cumplicidade é alcançada.
Enfim...experimente! O salão está chamando todos! 

Para ilustrar nosso papo, um vídeo que gosto muito:



Amanda Reis - jornalista
março/2012

* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora


NO SALÃO...

Pessoinhas bonitas e dançantes, hoje vamos apresentar uma simples listinha sobre o comportamento de damas e cavalheiros no salão. No próximo post, vamos falar sobre cada um deles, com detalhes, ok? Abreijos!

NO SALÃO...
*  O cavalheiro é quem toma a iniciativa de convidar uma dama para dançar, e não o contrário. Ele deve conduzí-la pela mão até a pista.
Quando a dama estiver acompanhada, o correto é o cavalheiro interessado em convidá-la para a dança pedir licença à terceira pessoa.
* É deselegante rejeitar um convite para uma dança - nem que seja para dançar apenas uma música.
*  O cavalheiro deve enlaçar sua mão esquerda à mão direita da dama, e deixar a outra mão nas costas dela, e não próxima aos quadris.
Cuidado para não sacudir os braços enquanto dança. Vale requebrar apenas da cintura para baixo.
Os rostos devem ficar retos, para frente. Assim, a face direita da dama fica próxima à face direita do cavalheiro – vale também colar os rostos.
Os casais contornam o salão sempre no sentido anti-horário. Esta é uma regra muito antiga e evita que os casais trombem muito uns nos outros.
 Quem prefere dançar no lugar deve optar pelo meio do salão, para não atrapalhar a passagem dos casais.
*  No final da dança, o cavalheiro deve conduzir a dama de volta ao lugar onde ela estava antes. E, claro, não deve esquecer de agradecê-la.

Amanda Reis - jornalista
janeiro/2012
* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora

Dançar? É só começar!

Amigos "bailadeiros", e aqueles que ainda não são, hoje a postagem também é de um texto escrito há alguns anos. Dia desses recuperei os arquivos de um computador aposentado e foram muitas as surpresas, encontrei materiais que eu nem me lembrava de ter produzido.
Este, por exemplo, é uma matéria que escrevi para a Revista do Centenário de Penápolis, em 2008.
Segue a reportagem (mesmo um pouco extensa, fora dos padrões de textos para a internet, vou publicá-la na íntegra, assim vocês podem conhecer o depoimento de algumas pessoas que entrevistei).
Espero que gostem. E, claro, que comecem a dançar!

DANÇAR? É SÓ COMEÇAR!
(Amanda Reis - especial para a Revista Centenário de Penápolis, 2008)


Ficar parado no canto do salão quando a música começa nunca foi a melhor alternativa para quem pensa que não sabe dançar as chamadas "danças de salão". Assim defende quem já sentiu na pele a indecisão entre passar a noite só observando ou arriscar uns passos, seja de forró, samba de gafieira ou bolero.
O autônomo Arnaldo Maganini, 38 anos, é um dos que experimentou trocar a cadeira pelo meio do salão.  “Eu chegava aos bailes e não tinha o que fazer a não ser ficar olhando o pessoal dançar”, conta. Aluno de dança de salão há cerca de um ano, ele, a esposa e a filha ganharam a opção de diversão em família. “É muito bom, especialmente para o casal, porque além de divertir e quebrar a rotina, a dança a dois cria um ótimo clima romântico”, considera.
A atividade também se tornou a principal terapia anti-stress da aposentada Claudete Pagani Pepino, 58. Viúva há 19 anos, ela conta que passou um longo período com depressão até começar a freqüentar bailes na Associação Renascer da Terceira Idade, há cinco anos. “Hoje já nem tomo mais remédio, não tenho mais nada”, revela. 
As palavras de Claudete representam a de centenas de idosos, uma vez que os benefícios da dança fizeram com que ela se interessasse por fazer parte da diretoria da entidade, onde atualmente é vice-presidente. “É uma felicidade proporcionar para os associados eventos dançantes. A dança é o maior tesouro para muitos e vejo a felicidade em cada rosto”, diz.
A vice-presidente defende que a simples prática da dança de salão pode ser essencial para o bem estar. “Se todas as pessoas na terceira idade pudessem experimentar e descobrir o quanto essa atividade faz bem, acredito que prolongariam suas vidas porque viveriam com mais qualidade”, considera.
O comerciante Valdemar Manoel da Silva, 63, pratica a dança de salão há oito anos e chega a freqüentar aulas ou salões de bailes até cinco vezes na semana. “A minha vida é a dança! Como não pratico esporte algum e trabalho sentado, a dança me ajuda como atividade para o corpo e para a mente, é fantástico!”, conta. 
E se o assunto é coragem para entrar no salão, Valdemar garante que a ousadia precisa existir. “Sou exigente quando danço e não tenho medo de arriscar os passos. Faço até questão de ser o primeiro a entrar no salão. Meu compromisso é com a dança”, explica.

Para poucos
Apesar de ser uma das mais antigas práticas sociais, a disseminação da dança de salão quase sempre segue timidamente, exceto quando os modismos vindos da mídia conseguem lotar academias e clubes de dança, como aconteceu com a lambada e, anos depois, com o forró universitário.
Mas, embora vista por muitos como prática um tanto “ultrapassada”, conquista adeptos das mais variadas idades e muda concepções.É o caso do consultor de tecnologia da informação Andrey Bragalda, 28 anos. Vocalista de uma banda de rock e fã incondicional desse estilo musical, conheceu as aulas de dança de salão recentemente e já se considera contagiado. “Foi um desafio pra mim, me considerava travado para dançar”, confessa. 
O motivo da pequena adesão dos jovens, na opinião de Andrey, é a timidez e, muitas vezes, falta de conhecimento sobre esta cultura. “As danças de salão não são naturalmente aprendidas no dia a dia, as pessoas não conhecem muito e algumas até acham que não vão agregar nada à suas vidas”, comenta, “As pessoas não dançam porque não sabem. Eu nunca tinha dançado e depois que aprendi não tenho receio ou vergonha de convidar outras pessoas”, completa.
Além de testemunhar sobre inúmeros benefícios da dança, Andrey revela que a nova atividade também mudou seu comportamento no trabalho. “Dançar com pessoas de várias idades e personalidades nos ensina a respeitar limites, ser tolerante e compreensivo e nos adaptar ao ritmo de aprendizado dos outros”, diz.
A estudante Thais Scatolini, 24 anos, também se rendeu à dança a dois, há mais de três anos. “Dançar me traz muitos benefícios, como conhecer várias pessoas e fazer amizades, além de ser uma atividade maravilhosa, que me traz paz e felicidade”, define. A jovem também concorda que falta incentivo para que os jovens se interessem pelos ritmos dos salões, retomando a antiga prática da dança a dois. “Não gosto dos ritmos eletrônicos das boates, penso que as danças de salão formam um ambiente de convívio mais harmonioso e até podem nos tornar pessoas melhores”, acrescenta.
A mãe de Thaís, Maria Cristina de Souza Scatolini, 46, acompanha a filha nas aulas e frequentemente sai para dançar em eventos não só em Penápolis como em Araçatuba e Birigui. “É um exercício para manter a forma e ainda me oferece novas amizades e faz muito bem para a mente”, diz. Para ela, esta atividade é uma terapia. “Quando passamos uma semana difícil, vamos para um baile e esquecemos dos problemas. A dança me traz alegria, parece que aquece a alma”, finaliza. 
A dança de salão não exige roupas ou sapatos específicos, nem um grande condicionamento físico ou equipamentos. Além disso, pode ser praticada em qualquer lugar, por pessoas de qualquer idade. Então, arrisque! Nunca é tarde para experimentar os efeitos do que seus adeptos chamam de simples e barato remédio para muitos males.

Amanda Reis - jornalista
novembro/2011
* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora

Ela mexe com você

Oi, pessoal! Hoje vou postar outro texto antiguinho, talvez de 2005, que achei nas minhas pastas. Penso que o escrevi pra algum site ou revista, mas não lembro mesmo! Agora, ele é do Andanças, é de vocês. Espero que aproveitem!

A atividade física praticada durante o aprendizado da dança de salão é considerada uma das mais benéficas por ser um exercício de baixo impacto, e que não depende do condicionamento físico, sendo, portanto, aplicável em todas as idades.
Segundo recomendações médicas, apenas 30 minutos de aula, três vezes por semana, é suficiente para fortalecer o sistema cardiovascular e ativar o sistema linfático, além de corrigir a postura do corpo.
Não se esquecendo que a dança é uma arte e uma forma de terapia, a música e o envolvimento com os ritmos desenvolvem elementos como musicalidade, disciplina, concentração, equilíbrio, coordenação motora, intuição, reflexos, agilidade, criação, sensibilidade, criatividade e raciocínio. Por ser uma atividade em grupo, trata ainda da superação da timidez, promovendo a socialização e fortalecendo a auto-estima e a autoconfiança.
Enquanto a música distrai o corpo, a dança o livra da depressão e do stress. Por isso, preocupações e ansiedades são proibidas nas aulas - ficam do lado de fora. E o melhor de tudo isso é que, quando a aula acaba, elas já se cansaram de esperar por você.


Amanda Reis - jornalista
novembro/2011
* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora

Tenha a santa paciência

Olá, pessoal!!! Hoje encontrei um texto antigo, que escrevi em 2005 para alguma publicação. Ele fala sobre a paciência que precisamos ter ao aprender a dançar.
Compartilho com vocês e em breve retomarei o assunto, já que ele está presente na rotina de muitos aspirantes a dançarinos de salão.


Dois para lá, dois para cá, abre, fecha, abre, fecha...
 - Não. Vamos começar de novo.
Dois para lá, dois para cá...
 - Você pisou no meu pé outra vez! Vai...de novo.
Dois para lá, dois para cá...
 - Não! Você está dançando muito rápido! Mais uma vez...
Dois para lá, dois para cá...
 - Chega...eu não quero mais dançar. 
 - Mas...
 - Mas nada...chega!  

Diálogos assim, infelizmente são comuns entre casais em bailes, festas e até nas aulas de dança de salão. Se parar pra observar, com certeza vai achar alguém à sua volta discutindo deste jeito (ou até pior), quando não, é você mesmo quem está nesta situação. Cuidado! Você pode estar sendo alvo de um dos mais poderosos males do século: a ansiedade. 

A ansiedade atropela o tempo, não tem limites, busca além do que lhe é possível naquele momento, atrapalha, confunde, irrita, leva ao stress. Você pode ter talento, dom, agilidade, e mais um monte de qualidades que facilitem seu aprendizado, mas, se não houver paciência, sinto muito. 
Ora o (a) outro (a) erra o passo, ora é você quem não acerta. Às vezes a música está mais rápida, em outras, devagar demais. Mas, quem disse que você tem que acertar sempre? Quanto mais carregar a ansiedade pra lá e pra cá pelo salão, menos o aprendizado e a realização vão querer lhe acompanhar. 
Por isso, relaxe, sinta a música, tente outra vez, e quantas outras forem necessárias – afinal, o prazer está exatamente na busca pelo encontro, pela cumplicidade. 
A paciência é o segredo. Respeite seus limites e, principalmente, os limites da pessoa com quem está dançando. Cavalheiro, você é o responsável pelo prazer da sua dama. E você, dama, permita ser conduzida, espere, experimente a prazerosa surpresa da descoberta de cada movimento.
Se você não se contenta em estar abraçado (a) com uma pessoa agradável, curtindo uma bela música, não está sabendo aproveitar o melhor da vida. Esqueça dos que estão à sua volta, eles também estarão ocupados com seus próprios movimentos. 
Dançar bem precisa ser a conseqüência e não a causa. Dedique-se primeiro ao seu bem estar. Você estará lindo (a) no salão quando aprender a não se preocupar tanto. 
E lembre-se: um passo de cada vez. A felicidade não estará te esperando lá no fim do baile. Ela chega e te abraça justamente no instante em que você consegue juntar a batida de dois corações ao toque de uma música, para serem conduzidos num só ritmo, numa só pulsação.  

(texto de Amanda  Reis -12 de maio de 2005).


Amanda Reis - jornalista
novembro/2011
* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora

Reportagem sobre Dança de Salão



Aqui está pessoal! Conforme prometi, o vídeo com a matéria sobre dança de salão que a equipe do SBT Interior fez com a gente, numa das turmas de dança da academia Sandro's Dance, em Araçatuba/SP. (demorou um pouquinho porque precisei passar primeiro pro youtube).
Ah...e eu já ia esquecendo: nosso bloguinho aqui, que ainda está só começando, também foi citado na matéria - e ficou tooodo feliz, é claro!


Abraços a todos!

Amanda Reis - jornalista
outubro/2011


Seis aulas de dança em seis semanas

Damas e cavalheiros, fiquei imensamente feliz quando me deparei com uma reportagem na TV Cultura sobre este espetáculo. Deve ser supimpa demais!
Imperdível para quem gosta de dança de salão! - afinal, não é sempre que nossa queridona é tema de uma peça de teatro, né?
Segue informações retiradas deste site: Guia Cultural Brasil.


"O espetáculo “Seis Aulas de Dança em Seis Semanas” é uma comédia que traz no elenco os atores Suely Franco, como Lily, e Tuca Andrada, como Michael. Durante o espetáculo são apresentadas coreografias de dança que são embaladas nos mais diversos ritmos, como tango, foxtrot, valsa e chá-chá-chá, idealizadas por Carlinhos de Jesus.
Lily, de 72 anos, é uma senhora muito vaidosa e faz questão de estar sempre bem vestida, o que a faz aparentar ter menos idade. Duas fortes características de sua personalidade se resumem ao fato se ser extremamente tolerante e alegre, já que tem o dom de enxergar o lado bom da vida nas mais diversas situações. Certo dia, ela que é apaixonada por dança, resolve procurar um professor para começar a fazer aulas.
Ela conhece o professor de dança Michael, de 45 anos, que ao contrário de Lily é desbocado e atrevido, e faz de tudo para aparentar ser dez anos mais jovem. Sua profissão é uma muleta para ganhar dinheiro. Sua vontade era poder dançar apenar por amor à arte e à vida.
Ambos os personagens vão se conhecendo entre uma provocação e outra, e precisam superar as diferenças para firmar uma amizade sincera, um caminho que leva a plateia a também refletir sobre questões comuns a todo ser humano: família, amigos, situação econômica, velhice, juventude, solidão, vaidade, preconceitos, liberdade, opressão e as alternativas para uma vida feliz e plena, independente da idade.
A peça é de autoria de Richard Alfieri. Atualmente, o texto do espetáculo tem sido adaptado para o cinema."

Amanda Reis - jornalista
setembro/2011

Dançar faz bem!




Pessoal, o SBT Interior, está falando sobre dança mais uma vez!
A dança de salão foi nossa sugestão de bem estar no programa "O que te faz bem!", do SBT Interior (São José do Rio Preto e Araçatuba-SP).
O tema do programa era os benefícios da dança (em seus mais variados estilos) e fui convidada a ir até o estúdio para um bate papo sobre isso. Uma delícia! Quem me conhece sabe que não paro de falar, principalmente quando o assunto é a dança, seus benefícios, as mudanças que a prática da dança pode trazer, etc. 
O programa vai ao ar no dia 26/09/2011 (segunda-feira), então, deixo aqui meu convite para que assistam e descubram o quanto a dança faz bem!
* Agradecimentos à Amanda (produção), aos cinegrafistas, à apresentadora Daniela Godoy e às irmãs queridas Simone e Renata Dias, foram todos supimpas!! Obrigada pela recepção, gentileza e simpatia!

Amanda Reis - jornalista
setembro/2011

Dança de salão - uma reportagem

Peoples, dia desses a Pollyana Moda, repórter do SBT Interior de Araçatuba, interior de São Paulo, fez uma reportagem sobre a dança de salão. Ela esteve na academia e entrevistou os alunos - e claro que eu defendi de montão a prática da dança de salão!
Assim que possível, vou passar a matéria para o youtube e coloco aqui para vocês.


Amanda Reis - jornalista
setembro/2011



Dançar: tão fácil quanto andar!




A dança a dois é uma atividade mais simples do que as pessoas imaginam. Aliás, aquelas que nunca tiveram contato com esta dança costumam dizer que não nasceram para dançar, ou que são mais duras que um poste.
Para elas, trazemos duas novidades:
- se você nasceu, você já é um dançarino nato
- um bom professor faz um "poste" dançar
Para quem já se arriscou, seja em casa ou nas aulas de dança, já descobriu que basta começar a praticar um pouco para entender que a dança é tão simples e natural quanto caminhar.
Somos dançantes por natureza (basta ver a história da dança, sua origem antes mesmo da fala, quando o homem usava o corpo para expressar suas mais diversas intenções).
Então quer dizer que quem sabe andar, sabe dançar? Sim, e mais que isto: as pessoas com necessidades especiais também dançam - e muito. Além disso, a dança não precisa de todo o corpo para acontecer. Você pode dançar apenas com os braços ou até mesmo só com a cabeça. Dançar é colocar os movimentos no ritmo da canção, por isso é simples e praticado por pessoas de todas as idades.
Não perca as oportunidades de experimentar a dança de salão. E não se esqueça: conte com sua sensibilidade e seu corpo saberá o que fazer. O importante sempre é se divertir.

Amanda Reis - jornalista
agosto/2011
* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora

Chega de papo, dancemos!!!

Salve, salve, pezinhos que estão passando por aqui para conferir o Andanças!
Que tal hoje sairmos um pouco da teoria e sacudirmos o esqueleto?
Minha dica é a página de músicas do site DANCE A DOIS. É um deleite porque é uma canção mais gostosa que a outra!
E o máximo de tudo é que existem várias pastas onde você pode escolher o ritmo que quer curtir! Sem contar as vinhetinhas "porque dançar a dois é muuuuito bom!"

Para quem está aprendendo a dançar, é excelente, as músicas são específicas para a dança - batidas bem definidas, que facilitam a marcação dos passos. (é fácil você achar os "tum-tum-tum" ou "tic-tic-tum" ou como quer que seja a marcação que você costuma fazer).

E pra quem gosta de dançar mas pensa que é menos flexivel que um poste, levante do sofá, sozinho (a) mesmo, e arrisque uns requebros do seu jeito. É um ótimo exercício para acostumar seus ouvidos aos ritmos da dança de salão.

Além de tudo, dá pra ouvir enquanto faz outras atividades. E, se sentir vontade, mexa-se! O importante é você experimentar a sensação de que, enquanto durou a canção, você esteve confortável e curtindo como se todos os problemas deixassem a cachola por aqueles instantes.

Espero que gostem!



Amanda Reis - jornalista
julho/2011

A dança a dois


O que é?
A dança de salão é uma prática social, portanto, tem como característica básica o fato de poder ser praticada por qualquer pessoa e sem o domínio de um elevado nível técnico ou habilidade. Então dá pra chegar dançando? Sim. O essencial é ter musicalidade, o que faz com que os movimentos correspondam ao ritmo. Os passos acabam ficando em segundo plano, ainda que, para cada ritmo, exista uma base que a caracteriza e que deve ser respeitada.
Já alguns passos funcionam como uma espécie de "arroz com feijão", podendo acompanhar vários ritmos diferentes - estamos falando do bom e eterno "dois pra lá, dois pra cá", que cai bem em quase tudo.
Por outro lado, alguns ritmos não aceitam qualquer passo. É o caso da valsa e também do tango, que tem especificidades insubstituíveis - ainda que possam receber o "dois pra lá, dois pra cá", sua base tem formação própria, e bem diferente.

Quais os ritmos?
Entre os ritmos mais populares, estão o forró, que se divide basicamente em arrasta-pé, xote (o famoso "forró universitário") e vanerão; samba de gafieira; bolero; cha-cha-cha; salsa; lambada; fox-trot; valsa; tango; milonga, entre outros.
Estas são as danças de salão - não confunda com funk, dança do ventre, sapateado, ballet clássico, jazz e afins.

O par 
Também chamada "dança a dois", outra característica marcante desta dança é a formação de um par, sendo sempre um "cavalheiro" e uma "dama". Necessariamente? Sim. Porque cavalheiro e dama desempenham papéis bem distintos e complementares no momento da dança.

A tradição
Ainda sobre as peculiriadades desta dança, vale lembrar que, apesar de ser "para todos", trata-se de uma prática tradicional, ou seja, carrega regras que garantem sua originalidade. E, por incrível que pareça, as adaptações ao longo dos séculos foram poucas. Talvez isto ajude a explicar porque existe por aí a ideia de que a dança de salão é algo ultrapassado, cafona, para os velhos. E é mesmo com os idosos que moram boa parte dos valores que esta dança propõe: o cavalheirismo. (um dia falaremos somente sobre ele).

Etiquetas
Também compõem a dança a dois uma série de comportamentos que começam no jeito próprio de se convidar uma dama para a dança, como adentrar o salão e como/quando deixá-lo, além da maneira de se deslocar entre os demais casais.

Comece!
Ao longo dos dias, falaremos de cada um destes tópicos, detalhadamente. Para quem quer dar o primeiro passo mas não sabe como: o importante é ter vontade e a certeza de que vai aprender. Embora cada um evolua numa velocidade muito própria, é certo que todos são capazes de alcançar. Além disso, lembre-se que, para tudo na vida, a segurança é algo que só a experiência pode dar.

Boa dança!


Amanda Reis - jornalista
junho/2011
* O uso de parte ou de todo o texto não é permitido sem a devida autorização da autora

Prazer de dançar

Como ninguém escreve sobre dança de salão, fiquei bem feliz ao receber este texto que coloco pra vocês a seguir. Veio da BT Mel Domenich (que lembrou de mim quando leu - obrigada, lindeza!). Espero que gostem.
[A autoria é atribuída à Martha Medeiros - quem tiver informações da autoria, me avise pra que seja citada corretamente].

"O simples prazer de dançar bastaria para justificar a prática. Para que serve um beijo? Para que serve ler? Para que serve um pôr-do-sol?Reclamar do tédio é fácil, difícil é levantar da cadeira para fazer alguma coisa que nunca se fez. Pois dia desses aceitei um desafio: fiz uma aula de dança de salão. Roxa de vergonha por ter que enfrentar um professor, um espelho enorme, outros alunos e meu total despreparo.Mas a graça da coisa é esta, reconhecer-se virgem. Com soberba não se aprende nada. Entrei na academia rígida feito um membro da guarda real e saí de lá praticamente uma mulata globeleza.Exageros à parte, a dança sempre me despertou fascínio, tanto que me fez assistir ao filme que está em cartaz com o Antonio Banderas, "Vem Dançar", em que ele interpreta um professor de dança de salão que tenta resgatar a auto-estima de uma turma de alunos rebeldes. Qualquer semelhança com uma dúzia de outros filmes do gênero, inspirados no clássico "Ao Mestre com Carinho", não é coincidência, é beber da fonte assumidamente.
Excetuando-se os vários momentos clichês da trama, o filme tem o mérito de esclarecer qual é a função didática, digamos assim, da dança.
Na verdade, o simples prazer de dançar bastaria para justificar a prática, mas vivemos num mundo onde todos se  perguntam o tempo todo "para que serve?". Para que serve um beijo, para que serve ler, para que serve um pôr-do-sol? É a síndrome da utilidade.
Pois bem, dançar tem sim uma serventia. Ela nos ensina a ter confiança, se é que alguém ainda lembra o que é isso. Hoje ninguém confia, é verbo em desuso.. Você não confia em desconhecidos e também em muitos dos seus conhecidos. Não confia que irão lhe ajudar, não confia que irão chegar na hora marcada, não confia seus segredos, não confia seu dinheiro.
Dormimos com um olho fechado e o outro aberto, sempre alertas, feito escoteiros. O lobo pode estar a seu lado, vestindo a tal pele de cordeiro. Então, de repente, o que alguém pede a você? Que diga sim. Que escute
atentamente a música. Que apóie seus braços em outro corpo. Que se deixe conduzir. Que não tenha vergonha. Que libere seus movimentos. Que se entregue.
Qualquer um pode dançar sozinho. Aliás, deve. Meia hora por dia, quando ninguém estiver olhando, ocupe a sala, aumente o som e esqueça os vizinhos. Mas dançar com outra pessoa, formando um par, é um ritual que exige uma espécie diferente de sintonia. Olhos nos olhos, acerto de ritmo. Hora de confiar no que o parceiro está propondo, confiar que será possível acompanhá-lo, confiar que não se está sendo ridículo nem submisso, está-se apenas criando uma forma diferente e mágica de convivência.
Ouvi uma coisa linda ao sair do cinema: se os casais, hoje, dedicassem um tempinho para dançar juntos, mesmo em casa - ou principalmente em casa - muitas discussões seriam poupadas. É uma espécie de conexão silenciosa, de pacto, um outro jeito de fazer amor. Dançar é tão bom que nem precisava servir pra nada. Mas serve."



Amanda Reis - jornalista
maio/2011